domingo, 1 de abril de 2012

PAISAGENS URBANAS

Estudo investigativo realizado pela Cia Só teatro/dança tendo como pressuposto a teoria do Viewpoints, técnica de improvisação que possibilita um vocabulário para pensar e agir sobre movimentos e gestos, e como a relação da paisagem urbana afeta e é afetada pelo performer. 


Direção: Riva Martins e Kiko Andrade

quinta-feira, 4 de março de 2010

O corpo e suas linguagens




Segundo Renato Cohen em " Performance como Linguagem": A performance enquanto linguagem caminha por vários segmentos dentro da arte contemporânea a chamada art performance ( pg.19)

O momento atual da art performance está em pleno processo investigativo, assim como qualquer outro processo cultural e artístico. Nesse processo de investigação que envolve corpo, voz, espaço pode-se perceber outras linguagens artísticas  como: artes multimidiáticas, música etc . A tendência enquanto arte é fazer engajamento entre as partes e assim não compartimentar as várias linguagens. Segundo Artur Matuk pg.15. O corpo é um suporte artístico.
Na art perfomance o corpo está sempre presente, aderindo ao espaço, a platéia, pois esta  é  de suma importância no ato de concatenar as ideias no momento da própria apresentação.
Ainda segundo Cohen várias motivações podem levar a escolha do artista ao tema de seu trabalho como processos ideológicos, estéticos e até mesmo aspecto afetivos.
O corpo enquanto corpo é um objeto presente no espaço-tempo e em constante mutação e assim possui suas várias linguagens dentro do âmbito das artes cênicas como um todo.
Nesse festival podemos presenciar vários trabalhos, dentre eles Le Tourment de Kiko Andrade com adaptação de Luciana Campos e Andrade que abordaram o sujeito com seus desejos, loucuras e perda de identidade, a proposta segundo Andrade é mostrar o individuo em seus tormentos: amor, alegria, sofrimento, inserido em um contexto pós moderno.
Também no festival de apartamentos podemos observar as propostas de Mary Vaz em Instantâneo Integral,  segundo Maria Vaz sua proposta é investigar a carência que é ir mais além e penetrar no sujeito. Ainda segundo Vaz  seu processo "É parido por entre linhas, intervalos entre palavras e pensamentos, é - necessidades imediatas, porém provindas do espiríto-corpo". 
Concluindo Loucuras Conscientes não podemos nos esquecer  da proposta de Thaíse Nardim que com seu trabalho levou "Mel-o-drama ROOTS" . 
Perguntando para umas das pessoas que se apresentaram nesse festival recebi a seguinte reposta e que aqui concordo plenamente caro leitor: O festival é um momento de troca entre os artistas, um espaço de investigação da linguagem corporal"






fotos : Juliana Merengue  http://www.flickr.com/photos/jumerengue/

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Poética da desconstrução

 Perceberam como o mundo esta mudando?
Pois é, viver se  torna uma  aventura, perigosa as vezes em todos o sentindos. A cada  dia, a cada ano, esperamos que coisas boas e novas se realizem, e nos esquecemos de viver o instante, ops! acabou de passar, e Pindaro aqui escrevendo.
Enfim, o homem é um bicho em constante agitação interior e exterior, reflexo de uma tal  pós modernidade, destruídora, porém construtora de hábitos, atitudes, conceitos e novas visões de mundo. E nesse caos produzido pelo mundo moderno procuramos nossa identidade, no amor, no trabalho, no interior de nossas psiques. Esquemos de onde viemos e não sabemos para onde devemos chegar. Esquecemos do passado, renega-lo seria como jogar fora aquela fotografia precisosa daquele que amou profundamente. Sabiam que é através do ja dito que construimos um dito, o dito está em tudo, e podemos usar a poética da desconstrução re-construção, digo desconstruir para construir, e dessa maneira criar. Como dizia nosso Willian Blake: I must create a system or be enlasved by another mans. I will not reason and compare: my business is to create.
Então chega de nos escravisarmos a tudo que impede nosso processo e vamos simplismente criar e conhecer as franjas do mar.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O REFLEXO DA PÓS- HIPER MODERNIDADE



“A ciência não pensa.” A ciência e sua aplicação técnica seriam incapazes de pensar o ser, de pensá-lo fora da problemática do conhecimento e da consideração instrumental e operacional da realidade típicos do mundo técnico. Na verdade, o desenvolvimento de nosso modelo técnico e industrial é conseqüência precisamente do “esquecimento do ser” na trajetória da cultura ocidental". (MARCONDES 2005 p.267).

O Pensamento de Marcondes vem ao encontro de todo o caos em que o mundo comtemporaneo, ou como andam chamando por ai  pós-modernidade ou hiper modernidade se encontram, enfim nao importa os termos usados para denominar-mos uma época, o fato é que vive-se numa sociedade de máquinas, onde os grandes inventores da chamada industrialização não pensaram no caos em que  sociedade iria se tornar.
O  "Santo  Capitalismo" contribui e tanto para o chamado desenvolvimento mundial e econômico. Mas pensou-se  no individuo e na cultura?
Pindaro pensa que não, o ser humano não é máquina, não é objeto pronto, e é isso que assusta, por não ser objeto ele tem o poder de transfomação, e no mundo caótico, onde as imagens da tv são prontas, mastigadas para nossas crianças, o que o mundo irá se tornar? Isso assusta, muitos dizem em tendências do futuro.
Mas as têndencias estão fazendo com que nós objetos do capital, da sociedade do medo e do consumo caótico desenfreado, estão conduzindo o ser a perder a sua  própria identidade, enqauanto sujeito inserido no mundo.¹
E concordando com Marcondes, Pindaro reflete que a o processo dae industrialização, até mesmo o renascimento, onde descobre-se a razão e o homem é colocado acima de tudo, havendo assim a ruptura do mundo antigo (Razao x Religião).
Toda essas turbulências se analisarmos é o reflexo do homem moderno, pós-moderno hiper-moderno, ou sei lá que nome vão inventar para todo esse caos.
Realmente como afirma Marcondes (2005)  "A ciência não pensa".
__________________________________
1- tentou-se nesse paragrafo mostrar que na pós-modernidade o sujeito perde sua identidade.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A respeito de arte?



....

Arte não pode ser avaliada. É um processo de fruição. E seu processo de entendimento vária de época e cultura.
A priori pensemos que o artísta criador ultiliza-se de todos os recursos procedimentais que possui em mãos para compor, então a arte é um processo elaborado e aberto. Baudelaire afirmava que "a arte é elaboração- despersonalização". Tenho por mim o mesmo pensamento, arte é um processo aberto no sentido de ter várias interpretações, daí não poder ser avaliada. Será sempre um processo inacadado dentro de uma estrutura acabada, ou seja, o livro, o quadro, a peça de teatro como objetos são acabados, isso nos remete a significado e significante. Tudo em arte possui esses dois conceitos. O quadro contém em si esses dois elementos, temos a imagem de um quadro, o conceito. E temos o significante que fica por conta do leitor, digo leitor no sentido de receptor, esse coloca o siginificante que lhe convém aliada a sua experiência de mundo.

Com essa pequena discussão acerca de arte em "Loucuras Conscientes", Pindaro propõem a você caro leitor/receptor/decifrafor que use esses conceitos em relação a esse inútil do util blog.

domingo, 23 de agosto de 2009

O rio


Banhou-se no rio das novidades em noite de lua cheia
Estava feliz, e como quem tirasse a roupa foi despindo uma a uma as vestes do passado
Estava feliz
Tudo era novo e tão estranho
Porém estava feliz
Era impossivel aos olhos de outrem, mas estava.
O rio em que banhara-se era um rio cheio de curvas e desníveis
E isso o deixava feliz embora tivesse apenas uma canoa e um remo
Fazia esforços para remar a tempos, mas nao conseguia achar o caminho do rio.
por um momento fechou os olhos e sentiu a brisa do vento em noite de lua cheia.
A liberdade o transtornava e isso o deixava feliz.
Estava cansado a tempos.
E o caminho do rio de tão novo desconhecido era.
Tela: Ilídio Salteiro. Óleo sobre tela, 141 x 100 cm. 1985.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A velha

Ela olhou sua face no espelho do butiquin e pensou: "Estou velha!".

Com sua saia vermelha, foi até o balcão, onde havia um garçom, desses que servem como desabafos.
Ela nada disse.
Ele entendera o que Elza, esse era seu nome, o que Elza estava sentindo e lhe serviu um conhaque.

-Que dor na alma. Exclamou a velha.

Olhava de seu banquinho giratório desses de buteco as pessoas felizes com seus parceiros. E ela simplesmente passou as mãos nos seus cabelos, ajeitou-os, pegou sua bolsa, e cambaleante foi embora.


Tela: a velha.- O.S.P  de Jorge di paula http://jorgedipaula.arteblog.com.br/405833/A-VELHA-O-S-P/